terça-feira, 10 de maio de 2011

Adeus.


Na dor e no amor.

Sem a face exposta, mas guardada na mente.
Dentro do coração, ficam as lembranças.
Do mais alto lugar, ele observa a imensidão.
Entre as nuvens talvez esteja, sentado.

Aqui embaixo ficamos perguntando, onde pode estar?
É a pergunta que fica no ar, no azul do céu, no dia nublado.
Quando eles se vão, pra onde vão? Seria bom saber.
Só ficamos procurando, e só os achamos nas lágrimas.

Lágrimas quem vem do que é lembrado, bom ou mau.
Depois da despedida, queremos um novo encontro.
Desejamos que abrissem a porta, e voltassem pra casa.
Mas a única morada será nossa alma, pra sempre.

Vive agora no Eterno, lá tem nova morada.
Ficamos aqui, tudo igual, só sentindo a falta.
Pode apenas ficar nos olhando, nos proteger do mal.
Ficamos pedindo que estejam bem, de nós lembrando.

Está sozinho, tem medo, sente frio? Nunca vamos saber.
Só lembrar-se dos abraços quentes, que afastavam o medo.
E das horas apenas olhando um para o outro, boa companhia.
Horas que foram e não voltam, mas marcam na pele, na alma.

Quando a noite chegar e o sol raiar, de ti vamos lembrar.
Pedindo que estejas bem, pois nós tentaremos ficar.
Vida foi, mas aqui continua. Persevera, ora, faz uma prece.
Olhos fechados, vendo por dentro. Um breve adeus, um longo pesar.

Vai, fica bem é o que desejamos. Alegria e amor nos deu, agora descansa em eterna paz.