quarta-feira, 13 de abril de 2011

Falsidade


Mascará e Rosa em pedaços

O branco e o vermelho. Das cores da paz e a paixão.
A máscara nossa de cada dia. Em retalhos agora está.
Jaz sobre a beleza de uma rosa. Pétalas jogadas estão.
O olhar vazio o Nada indica. Nada a fazer, morrer na solidão?

Paz que sempre é buscada, mas difícil ser mantida.
Paixão a cada toque e em cada conquista, trás satisfação.
Branco de cor pura, de paz, de liberdade, cor desimpedida.
Vermelho de cor intensa, de auge, de delírio, cor de ilusão.

Cada um mascarado está, quanto tempo a máscara ira usar?
Aqui jaz o perigo ser o que cada um é de verdade. Sinceridade.
Quando a tiramos, assumimos riscos, temos perdas e ganhos.
Quando a cortamos damos um fim, usada não mais será.

Máscara e rosa, misto de beleza e igualdade, um Uno em dois.
Cada qual possui seus espinhos e seus encantos, e doem.
A Rosa de perfumes, cores, formas inexatas e vaidade.
A Máscara de falsidades, mentiras, de forma indeterminada e dualidade.

Faltam aos olhos visão, diante do que somos e não devemos ser?
Falta algo em cada um de nós para o Vazio poder preencher?
Há visão, mas não há vontade de ver. Negação.
Há Tudo, mas não há o desejo de ter. Solidão.

Arranque as pétalas da Rosa, jogue-as ao vento.
Tire a Máscara e corte-a, jogue-a ao chão.
A beleza agora foi feita em pedaços, houve dispersão.
A falsidade foi retalhada, houve cortes e não haverá mais punição.

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