segunda-feira, 14 de março de 2011

Coração nas Sombras


Luz, sombras e perguntas.

Ao fundo o escuro, das sombras do lugar.
Em frente à luz, das formas dos corações.
Entre eles o nada, junto ao Tudo no ar.
No quadro todo, a beleza da mistura dos dois.

E no escuro ficam as dúvidas, as várias perguntas.
Que não calam, que nem sempre tem respostas.
Não há nada, ou não se quer ver nada?
Ver pra crer, é uma lei, mas e quando não nada se vê?

Quebra o silêncio de trevas, chega à luz riscando o ar.
Chega formando as formas, chega dando vida e respostas.
Quando chega não tem forma, não pode ser tocado, só sinta.
No coração, quente, pulsar, joga fora as mentiras.

E do encontro da luz com as trevas, o que pode acontecer?
Junção de perigo, respostas são dadas a perguntas feitas.
Formas definidas e sentimentos não definidos, só sentidos.
Sinta com os olhos da alma, só assim vai entender.

Onde começa ou onde termina, isso nada importa.
O que vale é marca é como é o começo, do sentir e do desejo.
Do desejo, da saudade das mentiras e das verdades, das cores.
Do que é visto, num lampejo de uma fagulha, do coração o calor.

A menor chama de vela trás luz, o menor gesto trás o maior carinho.
Somente a Luz faz com que possamos ver, saber e ter certeza.
Há a mescla das sombras e da claridade, há visão e formas, perfeito.
Importante não é ver, mas ter a certeza de sentir, o Tudo.

Mas lembre-se no Tudo, também há dor, portanto saiba a quem seu coração ofertar.

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